Flores e Borboletas

Sempre quis ter um diário onde fosse despejando aquilo que sou...

segunda-feira, julho 31, 2006

Finalmente acabei!

Andava a ler um livro há imenso tempo. Chama-se Três semanas com o meu irmão do Nicholas Sparks e fez-me relembrar muito da minha infância. aqui fica um excerto de uma história hilariante e verídica do autor.

"A meio do meu oitavo ano escolar, em 1978, houve nova mudançada família, desta vez para a única casa de que os meus pais foram proprietários. Nós próprios fizemos a mudança. Quem é que precisa de pagar auma empresa de mudanças quando dispõe de um par de rapazes fortes e de uma carrinha Volkswagen?
Assim, dia após dia, carregámos toda a mobília na parte de trás da carrinha e descarregámo-la na casa nova.
Mas as carrinhas Volkswagen não foram concebidas para cargas excepcionalmente pesadas e nem eu nem o meu irmão nos preocupávamos muito com o que metíamos dentro da nossa. Podíamos encher toda a parte traseira com os livros do papá, até não haver um centímetro disponível. Talvez pesassem meia tonelada, o que obrigava atraseira da carrinha a ir demasiado baixa. Entretanto, o nariz do veículo apontava para cima, como alguém que olhasse um horizonte distante.
— Mamã, já carregámos tudo. A mamã ficou a olhar para a carrinha.
— Dá a ideia de que está empenada. Parece que um dos pneus não tarda a rebentar.
— É por causa do peso na traseira. Endireita-se logo que a descarregarmos.
— Achas que se pode conduzir com segurança? — perguntou amamã.
Para quê perguntar-nos, como é que poderíamos saber? Nem oMicah nem eu tínhamos carta de condução.
— É claro que pode. Por que não havia de poder?
A boa notícia foi que a carrinha conseguiu chegar à casa nova. A má notícia foi que, mesmo depois de descarregada, a carrinha não voltou a endireitar-se. Nunca mais. Tínhamos destruído quaisquer apoios da parte traseira.
É claro que o papá viu e a contagem decrescente do estado de alerta começou logo que ele chegou a casa, embora tivéssemos sido suficientemente espertos e já estivéssemos longe. Graças a Deus, quando voltámos a casa, ele já estava calmo, pois a carrinha parecia andar bem, apesar daquele aspecto esquisito. E, se andava bem, isso queria dizer que não havia motivo para a mandar reparar. A reparação exigia o gasto de dinheiro que não tínhamos. Assim, a carrinha nunca foi reparada e rodou durante mais três anos, até ser trocada por um novo modelo, bastante melhorado, da Volkswagen. Durante esse tempo percorremos a cidade com ela, mais parecendo que estávamos a transportar baleias bebés para o jardim zoológico."