Sinto-me a Carrie Bradshaw

Comprei um portátil novo! É lindo! Agora posso escrever, e escrever, e preparar aulas com muito mais empenho e vontade! É daqueles instrumentos de trabalho que dão um jeitão quando vamos para a escola e passamos lá tardes inteiras à espera da reunião que é só ao final da tarde. Ou então para utilizarmos naquelas escolas onde existe um computador do século XIX para quarenta docentes. Também dá jeito para quando queremos mostrar um DVD todo educativo aos nossos alunos e as salas não têm leitor ou a funcionária esquece-se sempre de trazer o leitor portátil. Ou melhor ainda para mostrarmos o ppt que demorámos 3 dias a fazer e pelo qual os miúdos não mostraram qualquer interesse pelo conteúdo, ligando mais ao desenhos e como eles se movem.

Mas a verdade é que fazemos um vistão quando vamos para as avaliações com os níveis no portátil em grelhas feitas no excel com as milésias a fazerem diferença entre nível 2 ou nível 3...

De qualquer forma hoje encetei diálogo com uma colega minha sobre este mesmo assunto: será que os professores realmente precisavam de portáteis? A verdade é que não, dá jeito mas não é imprescindível. Agora será que um computador com ligação à internet é imprescindível? Que raio! Claro que sim começando com o concurso que é feito on-line e as listas que também são colocadas on-line, não seria muito fácil para um professor deslocar-se todos os dias à biblioteca para ver se foi colocado ou não. Depois de colocado é obvio que o professor tem de fazer as fichas de trabalho, as fichas de avaliação e as grelhas de registos no computador. Para não falar que convém que um professor se mantenha actualizado em vários assuntos e saiba utilizar novas tecnologias para que as aulas sejam mais apelativas e interessantes para além de facilitar a aquisição e compreensão de certos conteúdos.

Agora a questão é a seguinte:

Se o estado paga todo e qualquer material utilizado nos serviços públicos não deveria também pagar o material que os professores utilizam ao longo do ano?